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A EDUCAÇÃO NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E AS PROFISSÕES DO AMANHÃ

  • Foto do escritor: Daniela Devides
    Daniela Devides
  • 10 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de jul.

Como Mantenedora do Colégio Degrau, estive presente, no ARCO DAY, um evento anual focado em discutir e explorar o futuro da educação, com foco em inovação, tecnologia e aprendizado promovido pela empresa Arco Educação. Dentre a diversidade de temas apresentados, um deles esteve presente em quase todas as palestras: a Inteligência Artificial.

 

Esse “fenômeno”, como costumo chamar, tem se consolidado como uma das forças mais transformadoras do século XXI, redefinindo setores inteiros e prometendo uma revolução ainda mais profunda em áreas cruciais, como a educação. Longe de ser apenas uma ferramenta tecnológica, a Inteligência Artificial representa um novo paradigma que impulsiona a personalização do aprendizado, automatiza tarefas administrativas e oferece análises de dados sem precedentes, capacitando educadores a compreender melhor as necessidades individuais dos alunos.  Entretanto, essa transformação exige uma reflexão cuidadosa sobre o futuro das profissões e as competências essenciais que as escolas devem cultivar para preparar as novas gerações.

 

Nesse cenário de rápida evolução, vozes como a de Sinead Bovell, fundadora da Waye, surgem como guias fundamentais para compreender as nuances e os desafios dessa era. Como futurista e especialista em tecnologia, ela tem defendido incansavelmente a necessidade de democratizar o conhecimento sobre Inteligência Artificial, argumentando que o letramento não pode ser um privilégio de poucos, mas uma competência fundamental para todos. Ela enfatiza que, embora possa otimizar processos e liberar tempo para atividades mais complexas e criativas, a essência do aprendizado e do desenvolvimento humano deve permanecer no centro da educação.

 

Sua visão é clara: não basta usar a Inteligência Artificial; é preciso compreendê-la, entender suas implicações éticas e sociais, e garantir que ela sirva aos propósitos humanos, e não o contrário. Achei incrível a sua maior advertência onde diz que o maior risco do ser humano não é ser "substituído" por máquinas, mas ser "superado" por não compreender como elas funcionam e moldam o mundo. Para ela, o objetivo não é competir com a Inteligência Artificial, mas colaborar com ela de forma inteligente e ética.

 

A crescente percepção de que o futuro do trabalho será um ecossistema colaborativo entre humanos e máquinas, é uma projeção significativa. Muitas profissões, especialmente aquelas baseadas em tarefas repetitivas e processamento de dados, sofrerão automação. No entanto, a Inteligência Artificial criará funções e exigirá uma redefinição das existentes. O valor humano se deslocará para atividades que demandam criatividade, pensamento crítico, resolução de problemas complexos, inteligência emocional e interação interpessoal. Assim, as escolas não podem mais se ater a modelos educacionais que priorizam a memorização de fatos ou o desenvolvimento de habilidades puramente técnicas. O foco deve mudar drasticamente para o cultivo de competências que complementam e superam as capacidades da Inteligência Artificial.

 

Para preparar os estudantes para esse futuro incerto, as instituições de ensino precisam redesenhar seus currículos e metodologias. O desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de resolução de problemas complexos é mais vital do que nunca. A criatividade e a inovação são outras habilidades insubstituíveis que as escolas devem nutrir.  A colaboração, a comunicação eficaz, a empatia e a capacidade de construir relacionamentos serão os pilares para equipes de trabalho bem-sucedidas em um ambiente híbrido de humanos e máquinas.  A adaptabilidade e o aprendizado contínuo se tornam a norma. Portanto, as escolas precisam inspirar nos alunos a mentalidade de aprendizes ao longo da vida, equipando-os com a curiosidade, a resiliência e as estratégias para adquirir novas habilidades e se ajustar a novos cenários profissionais. Isso é indispensável!

 

A Inteligência Artificial nos convida a redefinir o que significa educar, e é nessa redefinição que reside a verdadeira oportunidade para moldar um futuro mais promissor, ou seja, ir além do ensino tradicional, focando na aplicação prática das habilidades mais vitais para esta era de ruptura tecnológica como: o pensamento crítico afiado, a criatividade ilimitada, a adaptabilidade inerente, a inteligência emocional profunda e, principalmente, onde a flexibilidade tem o mesmo significado de inteligência. Mais do que preparar alunos para exames ou para as profissões que hoje conhecemos, a escola deve desenvolver mentes curiosas e resilientes, capazes de inovar, colaborar e prosperar em um mundo onde as profissões do amanhã ainda estão sendo inventadas.

 

Uma escola com um ensino conectado com as demandas futuras, não apenas acompanha a revolução da cognição artificial, mas também posiciona seus alunos como protagonistas ativos na construção de uma sociedade mais inteligente, humana e equitativa. Essa é a verdadeira Educação na era da Inteligência Artificial e isso também é felicidade! Por Daniela Devides, especialista em Educação Socioemocional

e Psicologia Positiva, pós-graduada pela PUCRS, escritora,

palestrante, mantenedora do Colégio Degrau de Araçatuba.

 
 
 

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